sábado, 28 de julho de 2018

NOITE EM PARIS, O ROMANCE





http://lesenegalais.jeun.fr/t2594-noite-em-paris-conto-el-carmo#128944




                                                       

                                                  Eu comecei a escrever meu romance NOITE EM PARIS, ainda na década  de 70 e há mesmo trechos que foram escritos na década de 60, antes de ir para Paris, e outros em Paris mesmo. Ao longo do tempo fui modificando, acrescentando ou mesmo retirando trechos, como aliás, faço até hoje. Mas sempre que falo nele as pessoas lembram logo do Meia Noite em Paris, o filme de Woody Allen. Quando lhes digo que meu Noite em Paris não tem nada a ver com o filme de Woody Allen,  não acreditam. Esta publicação feita neste forum em 22.03.2009 vem comprovar o que digo. Primeiro, meu Noite em Paris não é aquela angustia pelo tempo passado, não há uma fuga do personagem para os anos vinte. Meu personagem vive o presente e o passado, mas  sem aquela nostalgia pelo passado.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

LONGE DE TI - FILOMENA VIEIRA







Tempo infinito é saudade
Tempo de espera é tormenta
Longe de ti é castigo
Ai meu amor que saudade!
Já pedi ao mar que me levasse
No ondular das suas ondas
E ele disse-me não poder
Porque o sofrimento é a grandeza da alma
Ai meu amor que saudade
Neste vazio da tua ausência
Já contei os dias
Já chorei
Mas o tempo não passa...
Senhor Deus do céu
Traga-me de volta
O meu amor da Terra Longe
Para abraça-lo
Para beijá-lo
Para dizer-lhe que sem ele
Esta  vida é uma tormenta!
                                        Filomena Vieira
                                                   
                                      Aí está Filomena Vieira. Poetisa de sensibilidade profunda que nos traduz uma saudade de sua Terra Longe e do amor que lá ficou, refletindo sobre o tempo atroz que se vai e não volta mais.

sábado, 21 de julho de 2018

A MANSIDÃO DAS ROLAS



                                                                  Maria Mamede








A mansidão das rolas
pela manhã
invade esta casa
que é meu peito
ond´este corpo meu
outrora leito
inda vive, inda arde
de paixão...
e as aves todas 
sabendo da tristura
de ser esta ave
aprisionada
chegada até mim
pela madrugada
e bebem em meus olhos
a amargura!

(Do livro A invasão dos Pássaros)




                                                 Não sei se os demais poemas do livro tem alguma coisa a ver com invasão. Este termo me atormenta, porque me remete aos Pássaros  de Hitchcock. Assustadores, os pássaros, assustador o filme, que me vi obrigado gostar pela riqueza de emoções que passa, mas vejo que também sou obrigado a gostar da Mansidão das Rolas pela paz que me passa, embora tenham elas bebido a amargura nos olhos de Maria Mamede, porque sei, tiraram-lhe o que de amargura a consumia, deixando-lhe a paz de seus arrulhos.