sexta-feira, 26 de maio de 2017

VILLA-LOBO E A ALMA BRASILEIRA




                         Este é o preludio nº 5 de Villa-Lobos interpretado por John Williams.  A música ouvida no intimo do compositor, isto é, a por ele imaginada,  sofre transformações diversas até chegar até nós. Primeiro, há de se admitir que é praticamente impossível transcrever na partitura tudo aquilo que o compositor imaginou sentiu na sua música, da mesma maneira como é impossível ao escritor transmitir em palavras tudo o que realmente sente ou sentiu. Diria mesmo que é impossível a qualquer artista transmite integralmente o que sente, seja por qualquer meio que utilize, pintura, escritura, escultura, música, dança, teatro, etc, por isto que é comum ouvir-se: Não há palavras para descrever. Disse Turibio Santos que os prelúdios, escritos em 1940,  são retratos do  povo brasileiro. Neste prelúdio nº 5 a gente vê um trecho, embora pequeno que se assemelha melodicamente a uma das canções de Luiz Gonzaga. Teria razão Turíbio? Exatamente a partir de 1 minuto. vê-se que se assemelha ao Assum Preto. "Furaro os oio, pra ele assim cantar melhor." 
                           Esta é uma semelhante que atesta o caracter brasileiro das composições de Villa. 


                    
                                     

segunda-feira, 15 de maio de 2017

DEUS ESTÁ MORTO













       Sou nietzscheano, mas aqui discordo dele. Rrsrsrrs. Segundo Karel Kosik a realidade contém dois aspectos: O fenômeno que é o lado aparente do problema e a essência que é o lado oculto deste mesmo problema. Assim que, se admitimos que Deus morreu,temos de admitir que ele algum dia existiu. Por outro lado, se admitirmos que Deus existiu, mas morreu, fica evidente que ele não é ou nunca fora Deus. Ainda, se Deus é uma criação para superar nossa fraqueza, temos que Deus, de fato existe, porque nós o criamos. A realidade, o concreto é então é existência de Deus cujo fenômeno se manifestaria pela realidade que vemos e tocamos e consequente crença em um criador. Sua essência está em que este criador não é um criador, mas uma criatura criada por nossa mente para auto-proteção. Voltarei ao tema, depois