sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AMOR Á VIDA





               Valcyr Carrasco se queixa das críticas de Mauricio Stycer em seu blogue. A mim me parece que o Valcyr está sem razão ao afirmar existir razões pessoais.  Um crítico, se é realmente um crítico, não deve ter preocupações em agradar um autor, mesmo que este seja seu amigo. Tampouco tem a obrigação de saber fazer a coisa tão bem quanto o autor da obra criticada. Ele é um critico. Ele tem obrigação de analisar a obra, não de gostar ou desgostar, que é apenas uma conseqüência. No caso de Amor à Vida, o Mauricio achou haver uma certa confusão na construção dos personagens, e é verdade. O certo é que tanto o autor, Carrasco, como o público, confunde realidade com verdade. A novela se pretende real, tudo bem, mas antes de tudo, ela tem dizer uma verdade, e uma verdade não é aquilo que é contrário à mentira, à ficção,  uma verdade é aquilo que é dito de uma maneira que mesmo sendo ficção é  dita com verdade, isto é, dita de maneira que todos vejam como uma verdade.  Assim, a reviravoltas da trama e dos personagens não soam como  verdade, soam falso, isto é, como não verdadeira, como não críveis. Um boi voando pode ser mais verdadeiro do que um boi vivo pastando no pasto. Sei que é difícil escrever qualquer coisa, se não fora assim todos seriam escritores, e mais difícil ainda é escrever sob pressão para agradar o público, os anunciantes, os produtores e o diabo. É  aí que o  autor termina se enrolando. Eu não teria esta facilidade.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ARTE, REALIDADE E VERDADE



As novelas brasileiras, que por sinal são melhores do que os enlatados americanos, estão longe de alcançar o status de arte, não por seus atores que são ótimos, nem por seus diretores que conseguem arrancar momentos de dramaticidade e poesia invejáveis, mas por sua própria história que se pretende real, mas que de nada tem pouca coisa.
 A tal da procuração é uma bobagem do autor que não procura se informar da verdade. Primeiro a procuração para vender bens, principalmente imóveis tem de ser por instrumento público, isto é, feita por um tabelião e firmada pelo pessoa, no caso César. Esta procuração foi feita pelos advogados do hospital e portanto não tem o condão de permitir que a Aline venda ou faça qualquer coisa com ela.  O autor errou dua vezes, primeiro por fazer a procuração por advogados e e segundo querer que ela poderes para vender. Não me venham com palhaçada de dizer que sendo uma novela não tem obrigação de escrever a realidade porque uma coisa é tentar copiar o real e outra coisa é escrever uma verdade. A novela se pretender uma realidade, logo, tem a obrigação de ser verdadeira. Verdade em arte não se confunde com realidade. Um boi voando quando bem escrito e dirigido é muito mais real e verdadeiro do que uma procuração deste tipo e para estes fins