quarta-feira, 8 de agosto de 2018

ALBERTO NEPOMUCENO IMPROVISO OPUS 27 Nª 2







                       
                                               Este é o improviso opus 27 nº 2, de Alberto Nepomuceno executado por Loraine Balen Tatto, cuja interpretação acho uma melhores. Muitos acham esta peça parecida com obras europeias, como Shumann, entretanto, a execução de Loraine mostra a brasilidade da  obra num compasso na medida certa, sem exibicionismo de agilidade que desvirtuasse o espírito do compositor.
                                 Nepomuceno nasceu em Fortaleza em 6 de julho de 1864, faleceu no Rio de Janeiro em 16.10.1920. Tido como pai da canção de câmara brasileira, lutou pela utilização do português, como recurso para nacionalização da linguagem musical.
                                     Em 1872 foi morar em Recife. Lá estudou piano e violino,  entrando em contacto com  professores e estudantes de direito, mantendo grandes discussões sócio-filosóficas de vanguarda, quando passou a defender causas republicanas e abolicionistas, sem contudo, deixar seus estudos musicais.
                                      Em 1887 compôs a Dança de Negros, com motivos afro-brasileiros, depois denominada Batuque, período em que compôs também Mazurca, Une Fleur, Ave Maria e Marcha fúnebre.
                                       Em 1988 foi estudar na Europa, primeiro em Roma, depois em Berlim, onde estudou, naturalmente alemão e composição.
                                          Casou-se em 1893 com a pianista Walberg Bang, aluna de Edvard Grieg, compositor norueguês, representante do nacionalismo romântico, quando foi morar na casa de Grieg em Bergen. Foi o nacionalismo romântico de Grieg que influenciou Nepomuceno que passou a se interessar pela cultura brasileira.
                                             Foi para Paris estudar órgão, em 1894, onde conheceu Saint-Saëns, Charles Bordes, Vincent D´Indy, e outros intelectuais e compositores, tendo composto, a convite de Charles Chabault, professor de grego na Sorbonne, a música incidental para a tragédia Electra.
                                                   Em 1895, em concerto histórico, apresentou pela primeira vez, no Instituto Nacional de Música, várias canções de sua autoria, em português, quebrando o uso do italiano e francês, iniciando, desta forma, a luta pela nacionalização de nossa música erudita, contrariando os críticos que diziam ser o português inadequado ao bel canto.
                                          Esta luta foi ampliada com o início de suas atividades na Associação de  Concertos Populares dirigido por ele, durante dez anos (1896/1906), período em que promoveu os compositores brasileiros. Em 1904 publicou a coletânea de canções em português, com sucesso relativo, em razão do costume em ouvirem as pessoas somente o canto em italiano.




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