Hoje, deu na telha, de assistir depois de anos, o filme Metrópolis de Fritz Lang, considerado uma obra prima do expressionismo alemão. Viu-o a primeira em 1965 e continuo achando-o uma obra mestra, uma ficção-científica profética, inovadora para os padrões do cinema em l927, quando foi feito, mas confesso que agora vi coisas que se passaram despercebidas outras vezes que o tinha visto. A primeira coisa que notei foi uma espécie de ingenuidade do mestre alemão em acreditar na união entre o capital e o trabalho e que o amor venceria as divergências, e, neste ponto, sua objeção à luta armada. Segundo, a demonização do homem de ciência na figura do professor Rotwang, encarnado por Rudolf Kleine-Rogge, bem como a demonização de quem prega a luta armada, na figura da falsa Maria, o ser-máquina criado pelo inventor.A história mostrou que esta aquela união é impossível e o que se vê atualmente é o acirramento da luta entre o capital e o trabalho com o surgimento do neo-liberalismo.
Bacharel em direito, analista judiciário aposentado; Bacharel em direção teatral, ator, diretor e professor ; Cursos sem conclusão: Economia, Cinema, Fotografia, Língua e Literatura Francesa ; Língua e Literatura Inglesa Jornalismo e Dança; Pós-graduação: Metodologia do Ensino Superior, Radialismo e Televisão, Direito Processual Civil. Cursos curtos de Filosofia, Estética, Etnologia, Antropologia, Ciências Sociais e Políticas, Psicologia e Teologia.
Escritor e blogueiro.
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