quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CARMINA BURANA NO TCA


Acabo de assistir a cantata "Carmina Burana" do alemão Carl Orff no Teatro Castro Alves com a orquestra  NEOJIBA na regência do maestro Eduardo Strausser.

O teatro estava lotado, com uma plateia barulhenta que não respeitava os dois palestrantes que se esforçavam por explicar a peça, mesmo que pedido silêncio. Isto demonstra que o brasileiro, espectador de novelas e futebol, ainda andar muito para alcançar o clima de uma obra de arte.

Foi um lindo espetáculo, embora tímido. na minha opinião um pouco tímido. Faltou, talvez, um pouco mais de ousadia na interpretação da cantata que sabemos ter sido escrita obedecendo ao espírito medieval dos goliardos, onde imperavam a sátira, a paródia a licenciosidade, mas também a crítica à igreja e seus prelados corruptos e licenciosos.

Este espírito, acredito,  é o que faltou na interpretação tanto da orquestra, como dos coros e dos solistas, ressalvando-se o barítono Marcin Habela que trouxe uma interpretação mais satírica dentro do espirito dos manuscritos de Beuern.

Mais, repito foi um lindo espetáculo e é pena que se gaste tanto tempo e dinheiro para levar à cena um espetáculo deste e se o  veja somente por um dia. Merecia uma temporada mínima de uma semana.


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