segunda-feira, 8 de julho de 2013

AMOR À VIDA




Parece que a novela está se recuperando do impacto negativo inicial, e, se seguir este viés de denunciar o dia a dia de um hospital, e olhe, não do SUS, mas da elite, com certeza a audiência pode aumentar; Não é uma denúncia contundente e todos sabem disso, porque a ficção que vemos na novela, nem de longe alcança  a realidade nua e crua de nossos hospitais; As pessoas têm uma sede terrível de denunciar as falcatruas que acontecem nos hospitais, mas temem por suas vidas. Há de tudo, de tudo nesta novela, menos o que realmente interessa mostrar ao público. As cenas de sexo que fazem do Hospital São Magno um bordel, não nos assustam. A gente sabe e vê todos dias tudo isto, seja nos hospitais públicos seja nos privados. O que o autor não quer mostrar, com certeza para não desagradar a Globo e a comunidade médica, hoje em franco litigio com o governo federal pela vinda de médicos cubanos, são as negociatas que existem no mundo médico tendo por objeto a vida dos pacientes. É compra e venda de órgãos; a imposição de cirurgias caras para vender material cirúrgicos, quando o paciente não  precisa ou mesmo não suporta uma cirurgia; a sonegação por parte dos convênios de tratamento de quem está a beira da morte; É a própria escravização do médico, tornando-se simples instrumento nas mãos dos grandes laboratórios e das empresas fabricantes de material médico-cirúrgico. Aliás, isto os médicos não têm coragem de denunciar, ao invés de ficarem combatendo a vinda de médicos cubanos. Vamos ver até onde  a Globo pode nos levar. O Sr. Walcyr tem sido um verdadeiro carrasco das mulheres, não se sabe se por misoginia ou por outra razão qualquer. O fato é que todas as mulheres, salvo uma Paloma ou outra, são más, perversas, dominadoras e gananciosas, manipulando velhos paspalhões e jovens imprudentes, simples bonecos nas mãos da mulher. Este maniqueísmo não dá regae. Deveria aproveitar o autor e a emissora global para valorizar a temática da luta pela paternidade/maternidade que é um dos pontos cruciais de nossa cultura, para mostrar exatamente o quanto sofrem as crianças com os problemas passionais e irracionais de seus pais e parentes. Este problema que se vê em todo o estamento social, independe de classe, é um dos nossos traços culturais e que deve ser bem estudado para se encontrar soluções rápidas sob pena vermos uma violência cada vez mais crescente sobre nossas crianças que poderão, hoje vítimas, fazer maiores vítimas no futuro. Contada levianamente vida de um hospital, pondo em relevo sexo, homossexualismo e homofobia, esconde a Globo da população o que ela realmente quer saber. A Globo parou no tempo e pensa que falar de sexo é ser avançado. Ela esqueceu que a internet vai muito além do que ela divulga e por isto está perdendo audiência e pode perder mais ainda, se continuar batendo nesta tecla. 

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