domingo, 22 de agosto de 2021

TEMPO, TEMPO

         





                                   Há mais ou menos um mês Sandro Donatello, pintor, me dava a noticia da morte de Luis Novelli também pintor. Eu nem tinha, ainda, digerido a noticia do passamento de Novelli, do qual me prometi um retrato, quando, de supetão, recebo também a lúgubre noticia da viagem de Sandro. Agora a promessa é dupla e não uma promessa, mas uma dívida. Não sei por onde começar, se pelas linhas firmes do desenho de Novelli, se pelas cores vibrantes de Sandro. Vou me deixando levar pelo sentimento, porque conhecimento não tenho para criticar a arte que os dois dominavam. Por isso, se errar, perdoem-me, porque não escrevo com a caneta da razão, mas a do coração. Tampouco, me deem pressa. deixem-me derrear a caneta, quando o coração cansar a mão. Temos o tempo todo para dizer dos amigos que o tempo levou.

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