Todo povo realmente
civilizado tem orgulho de sua língua e faz questão de cultivá-la como uma
linda flor em seu jardim. Aqui no Brasil, por sermos uma neo-colônia anglo-americana, o português foi relegado a segundo plano com pessoas que se orgulham de falar o
inglês e não se envergonham de ser incapaz de formar uma frase correta na sua
língua materna. A mídia está aí para mostrar o que afirmamos.
Na matéria publicada
pela UOL na edição de 17.08.2012 às 07:00 assinada por Mario Coelho com o título “Divisão
no STF põe em risco julgamento do mensalão”, na qual comenta a divergência dos
ministros no julgamento do mensalão, o articulista diz: “Ontem à noite, em
entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o ministro revisor disse que aceitar
a metodologia proposta por Joaquim Barbosa o
trará uma “dificuldade enorme”.(grifei)
Ensina a boa gramática
que trazer é um verbo transitivo direto e indireto que exige para sua inteira
compreensão uma complementação trazer
alguma coisa, a alguém ou para alguém.
No caso da entrevista o
ministro revisor certamente teria dito mais ou menos assim: “aceitar a metodologia proposta por Joaquim
Barbosa me trará uma dificuldade enorme”.
O articulista traduziu
a frase, com todo respeito, de maneira canhestra, porque o objeto direto de
trará na frase é “uma enorme dificuldade”
e o objeto indireto é me.
Que fez o articulista? Transcreveu
a frase do eminente minisitro Ricardo Lewandowski trocando o me (objeto indireto) por
o (objeto direto)
Frase correta, meu caro
Mario Coelho, é: “aceitar a metodologia proposta
por Joaquim Barbosa lhe (ou me) (objeto indireto) trará uma dificuldade enorme”.
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