A Revolta dos Bichos de Mykola Kostomárov, publicado em 1917, não é A Revolução dos Bichos de George Orwell, de 1945. Esta é uma cópia daquela. Um plágio de sua Senhoria George Orwell que, como bom britânico, excele em ladroíces, posto que, onde quer que haja um pedaço de terra, há um britânico deixando seu rastro. Foi assim no Pirara brasileiro, foi assim nas Malvinas argentinas. Pois bem, A Revolta de Mykola Kostomárov escrita 30 anos antes de sua publicação foi o modelo da Revolução de George Orwell que, a despeito de tudo, os críticos insistem em dizer que não houve plágio, em razão de barreiras linguísticas e coisa e tal, como se isto fosse óbice a uma roubada, quando, em verdade é até um álibi, que sob este argumento o larápio pode ir fundo no açucareiro eslavo. Juro que se não fosse britânico o larápio, já se tinha descoberto as pegadas do Senhor Orwell, que nem por isso se deve desmerecer o valor de seu posterior 1984. Há-de-se lembrar que o grande Shakespeare nunca criou uma história, pois todas suas peças são baseadas em escritos anteriores e nem por isto se lhe acusa de plagiário. E isto prova que é a forma que dá vida à obra e não seu contrário. No caso de Orwell, o erro está em negar sua fonte. Se Mykola Kostomárov fosse um desconhecido poder-se-ia acreditar que Orwell não conhecesse a Revolta dos Bichos, entretanto, foi Kostomárov um dos grandes escritores russos dos fim de século XIX e início do século XX e mesmo que não houvesse tradução oficial para o inglês, é certo que o enredo dA Revolta dos Bichos era por demais difundida, e, portanto, fácil de ser capturada por qualquer escritor interessado e foi o que aconteceu com Orwell.